QUALIDADE DO AR

Monitoramento da Qualidade do Ar em Ambientes Climatizados

No Brasil, a exigência da análise da qualidade do ar interno refrigerado tem uma história que remonta às preocupações crescentes com a saúde e o bem-estar dos ocupantes de ambientes fechados. A qualidade do ar interno é um fator crucial para garantir um ambiente saudável, especialmente em locais onde as pessoas passam a maior parte do tempo, como escritórios, escolas e residências.

A conscientização sobre os potenciais problemas de saúde associados à qualidade do ar interno começou a aumentar na década de 1980, impulsionada por estudos que mostravam os efeitos negativos da poluição do ar em ambientes fechados. Esses estudos revelaram que muitos edifícios apresentavam altos níveis de poluentes, como compostos orgânicos voláteis (COVs), dióxido de carbono (CO2) e partículas suspensas no ar.

Em resposta a essas preocupações, surgiram iniciativas para estabelecer diretrizes e regulamentos relacionados à qualidade do ar interno. Em 1998, o Ministério da Saúde brasileiro publicou a Portaria nº 3.523, que instituiu o Programa Nacional de Qualidade do Ar de Interiores (PNAQAI). Esse programa tinha como objetivo estabelecer padrões de qualidade do ar e fornecer diretrizes para a prevenção, controle e remediação de problemas relacionados à poluição do ar interno.

No entanto, foi somente em 2013 que a exigência da análise da qualidade do ar interno refrigerado foi oficializada no Brasil. A Resolução RE nº 9, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabeleceu os parâmetros mínimos de qualidade do ar em ambientes climatizados de uso público e coletivo. Essa resolução se aplicava a locais como escritórios, escolas, shoppings, hospitais e transportes públicos.

A Resolução RE nº 9 estabelecia que os responsáveis pelos ambientes climatizados deveriam realizar análises periódicas da qualidade do ar interno, assegurando que os níveis de CO2, temperatura, umidade, velocidade do ar, micro-organismos e outros poluentes estivessem dentro dos limites estabelecidos. Além disso, era necessário implementar medidas corretivas em caso de problemas identificados.

Essa exigência da análise da qualidade do ar interno refrigerado teve um impacto significativo na melhoria das condições de trabalho e bem-estar dos ocupantes de edifícios. A monitorização regular da qualidade do ar ajudou a identificar problemas precocemente, permitindo ações corretivas adequadas. Além disso, a conscientização sobre a importância da qualidade do ar interno levou a investimentos em sistemas de climatização mais eficientes e na adoção de práticas que promovem ambientes mais saudáveis.

Em resumo, a exigência da análise da qualidade do ar interno refrigerado no Brasil foi uma resposta à crescente preocupação com a saúde e o bem-estar dos ocupantes de ambientes fechados. Essa exigência foi oficializada por meio de regulamentações, como a Resolução RE nº 9 da ANVISA, e contribuiu para a promoção de ambientes interno.

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